sábado, 10 de outubro de 2009

O escafandro e a borboleta?



Hoje eu tô meio assim: sem saber o porquê do começo da vida ou por que, quando começa, sempre tem um fim...
Hoje eu já cansei de pensar sobre tempos passados, ou de gastar lágrimas e horas com pensamentos gastos, embora estes sempre persigam a mim...
Hoje - e não somente - fui e sempre serei aquela de palavras e boca miúdas, sílabas curtas, gestos pequenos, imersa na própria ilusão, na desgastada solidão e no medo de viver...
Hoje eu acordei respirando música - ah! como gostaria que todos os meus dias fossem assim - sei lá porque; talvez porque não tenha obrigação alguma e nem o dever de fazer todas aquelas coisas ou de ver todas aquelas mesmas pessoas que não sei bem se gostam de mim...
Agora estou com ânsia de chorar; talvez pela reflexão feita através dessas linhas; talvez por ter percebido que sou nada mais, nada menos que uma alma amargurada neste caminho solitário que percorro desde que nasci.
Eu sei que sofro, e sinto culpa porque sofro. E lá vem outra sofreguidão: também sofro pela culpa...
Pode até parecer que estou plagiando as palavras de Jean-Do, mas não há coisa melhor para me descrever neste momento que a síntese de palavras o escafandro e a borboleta; também não há música que melhor se encaixe nesse momento que o tema do escafandro e a borboleta.
Bauby, você é uma infinita inspiração.

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