Cartas de amor não são
mais que palavras jogadas
ao vento num momento de
insensatez, de insanidade.
São escritas por peitos doloridos,
corpos enfurecidos, sangues envenenados.
Podem levar à loucura e são mórbidos
e selvagens tais documentos sagrados,
escritos à sangue dos amantes, condenados.
O mel que escorre dos seus lábios é feitiço
macabro, prazer tortuoso.
O belo e ardente gozo esconde
dentro uma imensa sofreguidão,
permanente cicatriz. Não se deixe
enganar pelo verniz, pelo retrato.
Não seja chantageado
pelo momento, desejo.
Olha para dentro de ti mesmo
e perceba que encara a face
cruel da paixão...
Pois só se escreve
cartas de amor quando
se sente a euforia
dilacerante e não o
próprio coração.
5 comentários:
Ótimo texto. Vi que você escreve há algum tempo, já. Continue assim. Gostei também do layout/template e do fato de você respeitar os direitos das imagens, coisa que nem 1% dos blogueiros faz.
Olha para dentro de ti mesmo
e perceba que encara a face
cruel da paixão...
aahh qe liindo *_*
realmente lindo dms *O*
parabéns ;]
querida Bia
Obrigada pela visita e comentario. Venho agora retiribuir e deparo-me com seu espírito ceiativo e sensibilidade poética. É muito bom ter pra quem escrever e ter pra quem colocar as aspirações de nosso peito. Adorei seu comentario e vim ver seu canto e estou te seguindo pra ver as novidades. Bjos com carinho da "Amelia" do outro lado. Não achei absurdo. Me lembrou literatura francesa.
Senti aí um poema de amor...
Lindas as coisas que você escreve *-*
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